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Concursos
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Para quem se prepara para a carreira pública o aumento na oferta é um fato motivador. Existem hoje 21,5 mil vagas em todos os níveis de escolaridade em mais de 80 concursos públicos, com inscrições abertas em todo o país. Além destas, uma outra tendência tem permeado os editais e atraído cada vez mais concorrentes: a formação do cadastro de reserva. O formato em concursos públicos se caracteriza por não indicar o número de vagas ofertadas. Os candidatos aprovados para determinado cargo são convocados para a posse por ordem de classificação.

Emanuel AmaralAna Fagundes e Juliana Silveira falam sobre o que pensam do concurso para cadastro de reservaAna Fagundes e Juliana Silveira falam sobre o que pensam do concurso para cadastro de reservaO aumento por esta preferência, sobretudo na área bancária se justifica, segundo a coordenadora pedagógica do cursinho preparatório IAP Cursos Mônica Bezerra, como forma dos órgãos se isentarem da obrigatoriedade de convocar os aprovados de acordo com a quantidade de oportunidades divulgada em edital, como prevê a lei. "Se todos os postos oferecidos pelo edital foram preenchidos, a empresa não é obrigada a chamar os demais classificados", observa Mônica Bezerra.

Nesse caso, o chamado obedece a necessidade de pessoal, a critério de cada órgão, no período de validade do processo seletivo. Ou seja, o fato de ter sido classificado em um cadastro de reserva não dá ao candidato o direito ao cargo. Por isso, destaca o professor de conhecimentos bancários Jorge Maia é indicado aos candidatos se classificar entre os dez primeiros como forma de garantir que desfrutarão do resultado nas provas. "O segredo é ficar entre os dez primeiros para garantir a convocação", diz o professor. Uma rotina de estudos, com discussão em grupo e execução de exercícios de exames anteriores é o primeiro passo para buscar a colocação. Apesar da insegurança, o modelo não repele os candidatos que cada vez mais se submetem a concursos deste tipo. A procura se deve a características das empresas que adotam o cadastro de reserva em seleção. Desde 2007, o modelo é praticado para contratação em bancos. Instituições conhecidas, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), tribunais e a Petrobras, realizam o cadastro tradicionalmente e costumam convocar muitos aprovados.

Como há uma alta rotatividade de aposentadoria, licenças e crescimento da demanda, em geral muitos são chamados. "Em um ano, quase todos os melhores classificados já estão trabalhando", afirma Maia.

Por lei, o concurso público tem validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. No entanto, a prorrogação não é obrigatória, e um outro concurso pode ser aberto ao fim do período normal. Caso ainda esteja no prazo de validade, o órgão não pode abrir outro processo seletivo e convocar os aprovados nessa nova seleção, deixando de lado os classificados anteriores. 

Como ocorreu em 2008, quando o Banco do Brasil (DF) realizou novo certame. O último  ainda estava vigente na abertura da nova seleção, que ocorreu em março (a validade do anterior terminaria em 9 de junho). O BB deixou de convocar 1.276 aprovados de 2006.

Candidatos não se intimidam com legislação

A lei que garante que todos os classificados dentro do número de postos oferecidos em seleção para cargos públicos, em geral "burlada" pela convocação para o preenchimento de cadastro de reservas, não influencia a preparação. Para Luciana de Medeiros Araújo, 21 anos, estudante de engenharia da computação, aprovada em 1º lugar para a função de analista bancário, do Banco do Nordeste, esta garantia pode ser deixada de lado, se a empresa em questão for tida como "séria". 

Aprovada no último processo seletivo, realizado em abril deste ano, ela assumiu o cargo já em agosto, em Jardim do Seridó. 

"A incerteza gera bastante ansiedade, claro. Mas pelo perfil dos outros concursos e do banco, dá para a gente ter ideia de quanto serão chamados. Por isso, apesar de não dar segurança, o bom  concurseiro não está preocupado com este detalhe e se prepara para passar", afirma Luciana.  A bancária considera que não divulgar a quantia de postos, aumenta as possibilidades dos candidatos.

Para a educadora física Juliana Silveira Hahn, 25 anos, não há motivo para desanimar se as chances de ter êxito são altas. Ela aguarda  o início do processo de contratação para a Caixa Econômica Federal, onde ficou classificada em 200º lugar, enquanto se prepara para o certame do Banco do Brasil, cujo edital ainda não foi liberado. "O importante é ter foco na área, montar esquema de estudos e se dedicar. Como há grande rotatividade e fiz as provas, já tenho meio caminho andado", conta.

Mas há quem se desencante com a indefinição. É o caso da professora Ana Roberta fagundes de Oliveira, que também aguarda ser chamada na seleção da CEF. Classificada em 173º no geral, ela tem reais chances de ser chamada, uma vez que está em 2º lugar nas vagas para deficiente físico. O problema, explica, é que os cargos destinados para portadores de necessidades especiais estão vinculados à convocação dos ditos "normais". Na proporção de 1 a cada 20. Ou seja, para ela ser chamada, outras 40 pessoas devem assumir, o que a empurra para a 42º posição. "É horrível porque não há uma garantia do quando, apesar da classificação", avalia a candidata que irá prestar o concurso para o Banco do Brasil. Por ser o mesmo formato - cadastro de reserva - os estudos dessa vez estão em ritmo mais lento.